sábado, 28 de fevereiro de 2009

SÉRIE IMORTAIS - Cartola - músicas (parte III)

Acontece
Composição: Cartola

Esquece o nosso amor, vê se esquece.

Porque tudo no mundo acontece

E acontece que eu já não sei mais amar.

Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,

Mas isso acontece.

Acontece que o meu coração ficou frio

E o nosso ninho de amor está vazio.

Se eu ainda pudesse fingir que te amo,

Ah, se eu pudesse

Mas não quero, não devo fazê-lo,

Isso não acontece.

Imagens:

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AVES SILVESTRES DO RS - parte X

BEIJA-FLORES
Família Trochilidae

Estes acrobatas aéreos habitam todo o Basil, especialmente na região Norte.
No Rio Grande do Sul são registradas 18 espécies e destas, apenas 10 são comuns por aqui.
Os beija-flores estão entre os mais rápidos voadores e são as únicas aves que podem tanto permanecer estacionárias no ar, como mover-se em qualquer direção, inclusive para trás. Alimentam-se quase que exclusivamente em vôo e são especialmente adaptados para sugar o néctar das flores. Também consomem pequenos insetos encontrados dentro das flores, mas podem obter o alimento protéico cançando insetos no ar ou roubando-os das teias de aranhas. Ao alimentarem-se nas flores, os beija-flores prestam um valioso serviço de polinização. Muitas vezes são vistos com o bico e a cabeça cobertos por pólen.
Apesar da maioria ser extremamente pequena e uma, de Cuba, ser a menor espécie do mundo, são muito combativos, tanto entre si, como com outras espécies.



Beija-flor-dourado (Hylocharis chrysura)
10 cm


Esta pequena ave, com bico cor de laranja de ponta preta, pesa apenas cinco gramas. O colorido e esverdeado, fortemente mesclado com pontinhos dourados, enquanto a cauda curta e de cor-de-cobre intensa. O beija-flor durado não tem a mancha refletiva na plumagem da garganta que muitos beija-flores têm, mas abaixo da base do bico há uma área de penas avermelhadas que facilita sua identificação. Como todos os beija-flores, põe apenas dois ovos.
Esta espécie de beija-flor é uma das mais comuns da família no RS, sendo especialmente abundante na região central, sul e oeste.



Beija-flor-de-papo-branco (Leucochloris albicollis)
11 cm

Nesta espécie maior também falta a mancha iridescente da garganta que é substituía por um branco limpo incomum, também presente na barriga. Isto, combinado com a plumagem geral verde, faz dele um dos membros mais facilmente identificável da família. É encontrado em muitas partes do Estado, principalmente no leste, onde é comum em altitudes maiores. É um dos poucos beija-flores que permanece durante o inverno nas regiões mais frias. Em Gramado, onde muitas pessoas mantêm bebedouros para beija-flores em seus jardins, usando uma mistura com uma parte de açúcar para quatro partes de água, o beija-flor-de-papo-branco seguidamente visita esses "restaurantes avícolas" em grande número. Como a maior parte de beija-flores, o canto deste é seco, áspero e monótono, consistindo de uma série de rapidamente repetidos e altos "tsi-tsi-tsi".


Imagens:
http://farm3.static.flickr.com/2210/2043591154_c3d9d1f854.jpg?v=0
http://w3.impa.br/~luis/fotos/0711_itatiaia/papo-branco-itatiaia-071124-P+T_14645a.jpg
Fonte: BELTON, W. Aves Silvestres do Rio Grande do Sul, 3 ed. Porto Alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1993. 172 p., 105 il.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Bicentenário de Charles Darwin

"As ideias revolucionárias do naturalista inglês, que nasceu há 200 anos, são pilares da biologia e da genética e estão presentes em muitas áreas da ciência moderna. O mistério é por que tanta gente ainda reluta em aceitar que o homem é resultado da evolução."
(Gabriela Carelli, Veja, Edição de 11 de fevereiro de 2009)

O trabalho de Darwin é plenamente aceito na área da ciência, sendo considerado como ponto de partida para um grandioso conhecimento sobre os seres vivos. Segundo a revista Veja, Charles Darwin é um paradoxo moderno. Sua teoria dá sentido à biologia moderna, a medicina e a biotecnologia. Porém, muitas pessoas ainda relutam contra suas ideias.

Conforme a Veja, nos Estados Unidos, país que dispõe das melhores universidades do mundo e detém a metade dos cientistas com prêmio Nobel, apenas um em cada dois americanos crê que o homem seja produto de milhões de anos de evolução. O outro acredita que nós e tudo que nos cerca está aqui por dádiva divina.

Para tentar entender essa relutância contra o Darwinismo, voltemos um pouco no tempo. Quando Darwin propôs pela primeira vez suas teses de evolução por seleção natural, grande parte dos cientistas da época acreditava que a Terra existia a 6.000 anos e que todas as maravilhas da natureza existia por intervenção de sabedoria divina. E os fósseis de dinossauros? Bem, a hipótese aceita na época era que essas criaturas perderam o embarque da Arca de Noé e foram extintas pelo dilúvio bíblico.

Devido a essas crenças, a publicação de A Origem das Espécies causou grande impacto na Inglaterra daquela época. Alguns anos depois, em 1920, Freud escreveu sobre esse impacto, dizendo que "ao longo do tempo, a humanidade teve de suportar dois grandes golpes em sua autestima. O primeiro foi constatar que a Terra não é o centro do universo. O segundo ocorreu quando a biologia desmentiu a natureza especial do homem e o relegou à posição de mero descendente do mundo animal." Então, seguindo este raciocínio, a rejeição à teoria evolucionista seria uma compensação ao "rebaixamento" da espécie humana nas ideias de Copérnico e Darwin.

Stephen Jay Gould, biólogo americano e grande evolucionista do século XX dizia que "as teorias de Darwin são tão mal compreendias não porque sejam complexas, mas porque muita gente evita compreendê-las."

Vale a pena ler a matéria completa. Revista Veja, edição de 11 de fevereiro de 2009, páginas 72 a 91. Confira agora os cinco pilares do Darwinismo.
OS CINCO PILARES DO DARWINISMO
1 - A EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS: O mundo não foi criado por ninguem nem é imutável. Os organismos estão em um lento e constante processo de mutação;
2 - O ANCESTRAL COMUM: Cada grupo de organismo descende de um ancestral comum. Todos os grupos, incluindo animais, plantas e microrganismos, remetem a uma única origem da vida na Terra - a ameba original;
3 - A MULTIPLICAÇÃO DAS ESPÉCIES: As espécies tendem a se diferenciar, criando novas espécies. O isolamento grográfico de determinada população, por exemplo, resulta ao longo do tempo no surgimento da nova espécie;
4 - O GRADUALISMO: As populações se diferenciam gradualmente, de geração em geração, até que as espécies que seguiram por um "galho" da árvore da vida não mais pertençam à mesma espécie do "tronco" e de outros "galhos";
5 - A SELEÇÃO NATURAL: Os seres vivos sofrem mutações genéticas e podem passá-las a seus descendentes. Cada nova geração tem sua herança genética posta à prova pelas condições ambientais em que vive.

==> Texto baseado na matéria "A Darwin o que é de Darwin", publicada na edição de 11 /02/2009 da Revista Veja (págs. 72 a 91).

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

DICA DE LEITURA

Já que nas últimas postagens falei um pouco a respeito da obra de Chico Buarque, vou aproveitar para dar uma dica de leitura deste cantor, compositor, escritor, poeta: o romance Budapeste. Comecei a ler Budapeste hoje à tarde e estou encantada com o jogo que Chico Buarque faz com as palavras. É daqueles livros que você começa a ler e tem vontade de devorá-lo.


Budapeste - Chico Buarque

Junte um autor renomado, uma edição primorosa e críticas favoráveis da mídia que você encontrará um campeão de vendas, desses que se instalam na memória coletiva e tornam-se referência para lembrarmos de uma época. É através de Budapeste que, daqui a uns dois ou três anos, estarei lembrando da minha vida no final de 2003.
Analisando-o como objeto, independente do conteúdo literário, Budapeste proporciona prazer até mesmo para um analfabeto. Com a sua capa/contracapa mostarda em papel áspero-deslizante ostentando em alto-relevo o nome do autor e seu personagem. As páginas amareladas cedendo lugar às palavras negras em alta-definição dispostas em linhas espaçadas entre margens generosas às anotações.
Como obra de arte, Budapeste me parece um romance instável, equilibrando-se entre reflexões metalinguísticas e um humor caricatural. Nesta oscilação discrepante, Chico Buarque revela sua genialidade não desperdiçando a oportunidade de compartilhar com o personagem José Costa (ghost-writer de profissão) o sofrimento de se amar as palavras. Este é o grande trunfo de Chico Buarque. Usando a metalinguagem, Budapeste transforma-se num jogo de auto-referência onde há um livro dentro do livro, um autor dentro do autor, similar às típicas bonequinhas russas matryoska.
O problema é que Chico Buarque parece ter sido dominado pela paixão obsessiva de José Costa às palavras. E como todo homem nessas condições, tornou-se vulnerável, ingênuo e impulsivo, permitindo meter-se em situações bizarras sem sentido. O humor caricatural aos poucos vai cansando, tornando-se banal, expondo situações non-sense a uma descrição ingênua e superficial, grotescamente estereotipada. São cenas facilmente identificadas que deveriam ser engraçadas, mas quando muito, geram um desconcertante sorriso amarelo semelhante ao incômodo quando somos submetidos a ouvir uma piada ruim e mal contada por alguém ridículo que chora de rir com a própria piada.
Budapeste, porém, se sobressai consolidando-se como um livro acima da média. Tudo graças ao seu final. E que final. Uma descida de montanha russa reveladora onde Chico Buarque consegue se desvencilhar, ou, de certa maneira, explicar o humor caricatural usado. Um final convidativo para uma nova leitura, porque esta será diferente, lida com outros olhos.

Thiago Corrêa - lido em Dez./Jan. de 2004 escrito em 06.02.2004

: : TRECHO : : “Cobri o texto com as mãos e fui removendo os dedos a cada milímetro, fui abrindo as palavras letra a letra como jogador de pôquer filando cartas, e eram precisamente as palavras que eu esperava. Então tentei as palavras mais inesperadas, neologismos, arcaísmos, um puta que o pariu sem mais nem menos, metáforas geniais que me ocorriam de improviso, e o que mais eu concebesse já se achava ali impresso sob minhas mãos. Era aflitivo, era como ter um interlocutor que não parasse de tirar palavras da minha boca, era uma agonia. Era ter um plagiário que me antecedesse, ter um espião dentro do crânio, um vazamento na imaginação.” (p. 24)

: : FICHA TÉCNICA : : Budapeste - Chico Buarque - Companhia das Letras, 1a. edição, 2003 - 174 páginas

Imagem:

DESENCONTRO

DESENCONTRO
Chico Buarque

A sua lembrança me dói tanto
Eu canto pra ver
Se espanto esse mal
Mas só sei dizer
Um verso banal
Fala em você
Canta você
É sempre igual
Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final
Retrato sem cor
Jogado aos meus pés
E saudades fúteis
Saudades frágeis
Meros papéis
Não sei se você ainda é a mesma
Ou se cortou os cabelos
Rasgou o que é meu
Se ainda tem saudades
E sofre como eu
Ou tudo já passou
Já tem um novo amor
Já me esqueceu

Fonte: http://www.pensador.info/p/poesias_de_chico_buarque/1/

DESALENTO

Chico Buarque de Holanda
Desalento


Sim, vai e diz

Diz assim

Que eu chorei

Que eu morri

De arrependimento

Que o meu desalento

Já não tem mais fim

Vai e diz

Diz assim

Como sou

Infeliz

No meu descaminho

Diz que estou sozinho

E sem saber de mim

Diz que eu estive por pouco

Diz a ela que estou louco

Pra perdoar

Que seja lá como for

Por amor

Por favor

É pra ela voltar

Sim, vai e diz

Diz assim

Que eu rodei

Que eu bebi

Que eu caí

Que eu não sei

Que eu só sei

Que cansei, enfim

Dos meus desencontros

Corre e diz a ela

Que eu entrego os pontos

Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/cbuarque19p.html

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

História do Carnaval

Hoje é feriado de Carnaval. Saiba um pouco da origem e história da maior festa popular do Brasil.

HISTÓRIA DO CARNAVAL

Claudia M. de Assis Rocha Lima
Pesquisadora

ORIGEM DO CARNAVAL

Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas num ponto todos concordavam, as grandes festas, como o carnaval, estão associadas a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas. Na Europa, os mais famosos carnavais foram ou são: os de Paris, Veneza, Munique e Roma, seguidos de Nápoles, Florença e Nice.

CARNAVAL NO BRASIL

O carnaval foi chamado de Entrudo por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois as batalhas de confetes e serpentinas. No Brasil, o carnaval é festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos quarentas dias que vão da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa. Na Bahia, é comemorado também na quinta-feira da terceira semana da Quaresma, mudando de nome para Micareta. Esta festa deu origem a várias outras em estados do Nordeste, todas com características baianas, com a presença indispensável dos Trios Elétricos e são realizadas no decorrer do ano; em Fortaleza realiza-se o Fortal; em Natal, o Carnatal; em João Pessoa, a Micaroa; em Campina Grande, a Micarande; em Maceió, o Carnaval Fest; em Caruaru, o Micarú; no Recife, o Recifolia, já extinto.

CARNAVAL NO RECIFE

Século XVII - De acordo com as antigas tradições, mais ou menos em fins do século XVII, existiam as Companhias de Carregadores de Açúcar e as Companhias de Carregadores de Mercadorias. Essas companhias geralmente se reuniam para estabelecer acordo no modo de realizar alguns festejos, principalmente para a Festa de Reis. Esta massa de trabalhadores era constituída, em sua maioria, de pessoas da raça negra, livres ou escravos, que suspendiam suas tarefas a partir do dia anterior à festa de Reis. Reuniam-se cedo, formando cortejos que consistia de caixões de madeira carregados pelo grupo festejante e, sentado sobre ele uma pessoa conduzindo uma bandeira. Caminhavam improvisando cantigas em ritmo de marcha, e os foguetes eram ouvidos em grande parte da cidade.

Século XVIII - Os Maracatus de Baque Virado ou Maracatus de Nação Africana, surgiram particularmente a partir do século XVIII. Melo Morais Filho, escritor do século passado, no seu livro Festas e Tradições Populares, descreve uma Coroação de um Rei Negro, em 1742. Pereira da Costa, à página 215 do seu livro, Folk-lore Pernambucano, transcreve um documento relativo à coroação do primeiro Rei do Congo, realizada na Igreja de Nossa SEnhora do Rosário, da Paróquia da Boa Vista, na cidade do Recife. Os primeiros registros destas cerimônias de coroação, datam da segunda metade deste século nos adros das igrejas do Recife, Olinda, Igarassu e Itamaracá, no estado e Pernambuco, promovidas pelas irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito.

Século XIX - Depois da abolição da escravatura, em 1888, os patrões e autoridades da época permitiram que surgissem as primeiras agremiações carnavalescas, formadas por operários urbanos nos antigos bairros comerciais. Supõe-se que as festas dos Reis Magos serviram de inspiração para a animação do carnaval recifense. De acordo com informações de pessoas antigas que participaram desses carnavais, possivelmente o primeiro clube que apareceu foi o dos Caiadores. Sua sede ficava na Rua do Bom Jesus e foi fundador, entre outros, um português de nome Antônio Valente. Na terça-feira de carnaval à tarde o clube comparecia à Matriz de São José, tocando uma linda marcha carnavalesca e os sócios levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e caiavam (pintavam), simbolicamente. Outros Clubes existiam no bairro do Recife: Xaxadores, Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente e Toureiros de Santo Antônio.

Século XX - O carnaval do Recife era composto de diversas sociedades carnavalescas e recreativas, entre todas destacava-se o Clube Internacional, chamado clube dos ricos, tinha sua sede na Rua da Aurora, no Palácio das Águias. A Tuna Portuguesa, hoje Clube Português, tinha sua sede na Rua do Imperador. A Charanga do Recife, sociedade musical e recreativa, com sede na Avenida Marquês de Olinda e a Recreativa Juventude, agremiação que reunia em seus salões a mocidade do bairro de São José. O carnaval do início deste século era realizado nas ruas da Concórdia, Imperatriz e Nova, onde desfilavam papangus e máscaras de fronhas (fronhas rendadas enfiadas na cabeça e saias da cintura para baixo e outra por sobre os ombros), esses mascarados sempre se apresentavam em grupos. Nesses tempos, o Recife não conhecia eletricidade, a iluminação pública eram lampiões queimando gás carbônico. Os transportes nos dias de carnaval vinham superlotados dos subúrbios para a cidade. As linhas eram feitas pelos trens da Great Western e Trilhos Urbanos do Recife, chamados maxambombas, que traziam os foliões da Várzea, Dois Irmãos, Arraial, Beberibe e Olinda. A Companhia de Ferro Carril, com bondes puxados a burros, trazia foliões de Afogados, Madalena e Encruzilhada. Os clubes que se apresentaram entre 1904 e 1912 foram os seguintes: Cavalheiros de Satanás, Caras Duras, Filhos da Candinha e U.P.M.; este último criado como pilhéria aos homens que não tinham mais virilidade.

O Corso - Percorria o seguinte itinerário: Praça da Faculdade de Direito, saindo pela Rua do Hospício, seguindo pela Rua da Imperatriz, Rua Nova, Rua do Imperador, Princesa Isabel e parando, finalmente na Praça da Faculdade. O corso era composto de carros puxados a cavalo como: cabriolé, aranha, charrete e outros. A brincadeira no corso era confete e serpentina, água com limão e bisnagas com água perfumada. Também havia caminhões e carroças puxadas a cavalo e bem ornamentadas, rapazes e moças tocavam e cantavam marchas da época dando alegre musicalidade ao evento. Fanfarras contratadas pelas famílias, desfilavam em lindos carros alegóricos.


Texto extraído do site http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=300&textCode=896&date=currentDate
Imagem: http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/images/1146_carnaval/511718_veneza2.jpg

AVES SILVESTRES DO RS - parte IX

CARDEAL (Paroaria coronata)
19 cm


O cardeal não necessita de maiores apresentações, tendo em vista que é habitante comum do sul e sudoeste do Rio Grande do Sul, sendo famoso pela plumagem do "babador" e cabeça de um vermelho vivo, coroada com uma crista bem definida e brilhante. Estas cores contrastam com as partes inferiores e "colar" brancos e com o dorso cinzento, o que faz dele um pássaro fácil de ser visto e identificado. Quando imaturo, a cabeça é de cor laranja-amarronzada, em vez de vermelha. O cardeal vive em campos abertos com árvores. Poucas fazendas, dentro de sua área de distribuição, estão sem, ao menos, uma família destes cantores alegres.

Imagem:
http://www.explorebiodiversity.com/Hawaii/BIRDS/KenBridgesPhotos/IMG_4868g2t.jpg
Fonte: BELTON, W. Aves Silvestres do Rio Grande do Sul, 3 ed. Porto Alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1993. 172 p., 105 il.

A MÚSICA DO SÉCULO XX: How Deep Is Your Love

BEE GEES - How Deep Is Your Love

Álbum: Saturday Night Fever

Ano: 1978

Quarto single mais vendido de 1978, três semanas em 1º lugar e outras 17 no Top Ten, a bela balada How Deep Is Your Love, dos irmãos anglo-australianos Barry, Robin e Maurice Gibb, faz parte de uma histórica trilha sonora de cinema: Saturday Night Fever - Os Embalos de Sábado à Noite. Hit makers da década de 70 e sempre empregando vocais em falsetto, os Bee Gees emplacaram diversos sucessos com a trilha do filme, entre eles Staying Alive e More Than a Woman. O filme disparou a febre da discoteque, vendendo 40 milhões de discos. Os Bee Gees são os únicos artistas a compor e produzir seis hits consecutivos nas paradas de sucesso. O total de discos vendidos por eles chega à impressionante marca de 100 milhões de cópias em todo o mundo.

Confira agora letra e tradução de How Deep Is Your Love. Em seguida, aprecie a versão da Danni Carlos.

HOW DEEP IS YOUR LOVE
Quão profundo é o teu amor


I KNOW YOUR EYES IN THE MORNING SUN
Eu conheço seus olhos na manhã ensolarada

I FEEL YOU TOUCH ME IN THE POURING RAIN
Eu sinto você me tocar durante a chuva caindo

AND THE MOMENT THAT YOU WANDER FAR FROM ME
E no momento em que você se afasta de mim

I WANNA FEEL YOU IN MY ARMS AGAIN
Eu quero sentir você nos meus braços novamente

THEN YOU COME TO ME ON A SUMMER BREEZE
Então você chega para mim numa brisa do verão

KEEP ME WARM IN YOUR LOVE
Mantenha-me aquecido com seu amor

THEN YOU SOFTLY LEAVE
Então você suavemente se vai

AND IT'S ME YOU NEED TO SHOW
E é para mim que você precisa mostrar

HOW DEEP IS YOUR LOVE
Quão profundo é o seu amor

HOW DEEP IS YOUR LOVE
Quão profundo é o seu amor

HOW DEEP IS YOUR LOVE
Quão profundo é o seu amor

I REALLY MEAN TO LEARN
Eu realmente pretendo aprender

'CAUSE WE'RE LIVING IN A WORLD OF FOOLS
Porque nós vivemos num mundo de tolos

BREAKING US DOWN
Que ficam nos aborrecendo

WHEN THEY ALL SHOULD LET US BE
Quando todos eles deveriam nos deixar em paz

WE BELONG TO YOU AND ME
Nós pertencemos um ao outro

I BELIEVE IN YOU
Eu confio em você

YOU KNOW THE DOOR TO MY VERY SOUL
Você conhece o caminho para o meu verdadeiro ser

YOU'RE THE LIGHT IN MY DEEPEST DARKEST HOUR
Você é a luz nas minhas horas mais negras e profundas

YOU'RE MY SAVIOR WHEN I FALL
Você é o meu amparo quando eu caio

AND YOU MAY NOT THINK I CARE FOR YOU
E você pode não achar que eu me preocupe com você

WHEN YOU KNOW DOWN INSIDE THAT I REALLY DO
Quando você descobrir profundamente que eu realmente me preocupo

AND IT'S ME YOU NEED TO SHOW
E é para mim que você precisa mostrar

HOW DEEP IS YOUR LOVE
Quão profundo é o teu amor.

Letra/tradução
http://www.cifras.com.br/traducao/bee-gees/how-deep-is-your-love-%28completa%29

Imagens
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Fonte: Fascículo nº 1 "A Música do Século", distribuído juntamente com a edição nº 271 da revista CARAS.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

CHICO BUARQUE - dicas

Para quem realmente curte Chico Buarque, seguem alguns links do blog Música & Poesia onde vocês encontrarão mais material a respeito de sua obra.

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/10/l-vou-eu-de-novo-como-um-tolo.html - Retrato em Branco e Preto

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/06/msica-de-chico-buarque-para-os-sem.html - Música de Chico Buarque para os sem-terra

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/06/samba-do-grande-amor.html - Samba do Grande Amor

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/06/sem-fantasia.html - Sem Fantasia

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/05/chico-buarque-premiado-em-cuba.html - Chico Buarque premiado em Cuba

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2007/10/jair-nara-e-chico.html - Chico x Vandré

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2007/08/chico-declama-drummond-drummond-fala-de.html - Chico Declama Drummond, Drummond fala de Chico

FUTUROS AMANTES - Chico Buarque

Futuros Amantes
Composição: Chico Buarque

Não se afobe, não

Que nada é pra já

O amor não tem pressa

Ele pode esperar em silêncio

Num fundo de armário

Na posta-restante

Milênios, milênios

No ar

E quem sabe, então

O Rio será

Alguma cidade submersa

Os escafandristas virão

Explorar sua casa

Seu quarto, suas coisas

Sua alma, desvãos

Sábios em vão

Tentarão decifrar

O eco de antigas palavras

Fragmentos de cartas, poemas

Mentiras, retratos

Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não

Que nada é pra já

Amores serão sempre amáveis

Futuros amantes, quiçá

Se amarão sem saber

Com o amor que eu um dia

Deixei pra você


Imagens:

http://farm3.static.flickr.com/2370/1570771316_a7e30a0821.jpg?v=0
http://dalicenca.zip.net/images/perna.jpg
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SOLIDÃO - Chico Buarque de Hollanda

SOLIDÃO

Solidão não é a falta de gente para conversar,
namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela
ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe
às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio.
Solidão não é claustro involuntário que o destino
nos impõe compulsoriamente para que revejamos
a nossa vida...
Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e
procuramos em vão pela nossa alma.

A MÚSICA DO SÉCULO XX (parte I)

A partir de hoje, e sempre que possível, publicarei material sobre A Música do Século (fascículos que eram vendidos juntamente com a Revista Caras em 1999), material riquíssimo de informações sobre os melhores músicos do século passado. Postarei material tanto de músicos nacionais, quanto de internacionais, começando por Chico Buarque, ícone da nossa MPB.


CHICO BUARQUE DE HOLLANDA
"O mais discreto charme da poesia..."




Nascido no Rio de Janeiro, em 19 de junho de 1944. Aos nove anos já compunha marchinhas de carnaval e durante a adolescência foi preso quatro vezes. Antes de virar cronista musical por excelência, esteve ligado a uma rígida instituição religiosa.

O mais aguçado par de olhos da MPB. O mais belo sorriso ou ainda o dono das mais belas letras. Definir Chico Buarque não é tarefa simples.

A família Buarque de Hollanda sempre teve paixão pela música. A mãe, Maria Amélia Cesário Alvim, é pianista amadora. O pai, o historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda, morto em 1982, também tocava o instrumento de ouvido e apreciava sambas antigos e músicas italianas, sem falar das quatro irmãs - Miúcha, Maria do Carmo, Cristina e Ana -, que sempre gostaram de cantar (com exceção de Maria do Carmo, as outras gravaram discos). Desde pequeno Chico demonstrava interesse pela música. Com cinco anos, colecionava fotos de cantores de rádio, que ia colando em um álbum, e dizia querer ser um deles. Cantava escondido atrás da porta para dar impressão de que a voz saía de um rádio.

Tanta inventividade trocou de continente em 1953, quando o pai foi dar aulas na Universidade de Roma e a familia toda segui para a Itália. Nesse período, sua casa era freqüentada por intelectuais brasileiros, inclusive Vinícius de Moraes, seu futuro parceiro em belíssimas composições. Paranão perder as conversas do poeta com os pais, Chico se escondia no topo da escada e ali ficava, ouvindo os adultos.

A família voltou para o Brasil e o gosto de Chico pela música ja não era o mesmo. Havia sido substituído pelo futebol, paixão que o acompanha ao longo da vida e que tem como símbolos Pagão, ex-atacante do Santos, e o Fluminense, time para o qual torce. Sua ligação com a canção só voltou a se estreitar na adolescência. Aos 15 anos, além dos sambas de Noel Rosa, Ismael Silva e Ataulfo Alves, ouvia e imitava artistas estrangeiros como Elvis Presley e The Platters. Mas a grande guinada veio em 1959, com o LP Chega de Saudade, de João Gilberto, que trazia a Bossa Nova. Chico ouvia disco repetidas vezes, a ponto de irritar toda a família. Aprendeu a batida da Bossa Nova e fez sua primeira composição, Canção dos Olhos.

Em dezembro de 1961, uma molecagem o levaria pela primeira vez a uma delegacia. Chico e um vizinho resolveram furtar um carro para dar umas voltas. A dupla escolheu um velho Peugeot estacionado perto de casa. Cmo foi fácil, dias depois resolveram repetir a brincadeira com o mesmo carro. Dessa vez, porém, o dono do automóvel havia retirado uma peça e o veículo não funcionou, mas começou a descer a rua Sorocaba (atual Professor Ernest Marcus), onde estava, e só parou atrás do estádio do Pacaembu. Os dois ainda tentaram fazer o carro andar quando passou uma viatura policial. Foram espancados e algemados. Como castigo pela molecagem, ficou até 19 de junho de 1962, quando fez 18 anos, sem poder sair sozinho à noite.

A punição não foi suficiente para impedir que Chico acabasse preso em outras três ocasiões. A primeira em Itanhaém, quando comemorou a entrada na FAU com um discurso em cima da mesa de um restaurante, de onde ia atirando ovos na platéia; a segunda, ao colcar um muro abaix, em Santos, com um grupo de amigos; e a terceira, de novo em São Paulo, por uma batida de carro sem gravidade.

Chico, ou o Carioca, como o chamavam, abandonou a FAU no terceiro ano, mas enquanto esteve lá cruzou com muita gente que também gostava de música. Próximo a faculdade havia o reduto paulista da Bossa Nova, o Juão Sebastião Bar, onde conheceu Gilberto Gil e Caetano Veloso. Na FAU havia festas memoráveis movidas a samba e cachaça, freqüentadas também por gente de fora da escola, como João do Vale e Toquinho.

Seu primeiro compacto, com Pedro Pedreiro e Sonho de Carnaval, foi lançado em 1975.

Batendo na repressão

Problemas, mesmo, ele teve com a censura. O primeiro, logo em 1966, com a proibição da música Tamandaré, considerada ofensiva ao patrono da Marinha. Sofreu até 1976, ano de seu último disco a enfrentar problemas: Meus Caros Amigos.

Imagem: http://vidaordinaria.files.wordpress.com/2008/09/chico-buarque.jpg

Fonte: Fascículo nº 1 "A Música do Século", distribuído juntamente com a edição nº 271 da revista CARAS.

AVES SILVESTRES DO RS - parte VIII

QUERO-QUERO, BATUÍRAS E VIRA-PEDRAS
Família Charadriidae
Muito membos desta família são altamente migratórios. Das nove espécies que aqui ocorrem, somente duas são residentes; três visitam o Estado durante o inverno, vindas da Patagônia e quatro passam o nosso verão como fugitivos do inverno norte-americano, chegando logo depois de terem completado suas tarefas de procriação na região ártica. Chegando o tempo certo, voltam aos seus lares. Porém, nem todas observam o calendário rigorosamente, alguns indivíduos atrasam seu retorno. A maioria das batuíras e vira-pedras são classificadas sob o termo geral de "aves de praia" por serem encontradas, normalmente, em praias ou perto da borda de lagos ou outras extensões aquáticas. Os vira-pedras têm esse nome devido ao hábito peculiar de virarem pedras para encontrar insetos debaixo.


Quero-quero (Vanellus chilensis)
35 cm

Esta ave tradicional dos campos gaúchos difere dos utrs membros da família, encontrados no Rio Grande do Sul, por ser menos ligada à água, apesar de também freqüentar as bordas de açudes e banhados, bem como qualquer terreno aberto e úmido. Com o desenho chamativo e preto, branco e cinzento na plumagem, o penacho proeminente na cabeça e as declarações altas e freqüentes de seu próprio nome, o quero-quero é facilente encontrado em todas as estações do ano, em qualquer pare do Estado, onde exista um pedaço pequeno de seu habitat preferido: o campo. Vive no chão ou no ar; nunca é visto empoleirado. Na primavera, a fêmea põe normalmente três ou quatro ovos numa depressão rasa completamente exposta, em campo aberto. O casal defende rigorosamente o seu território de criação em vôos rasantes, atacando todos os intrusos, inclusive seres humanos. Os filhotes são capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento. Quero-queros têm um esporão pontudo, ósseo, de cor laranja, com 1 cm de comprimento no encontro da asa e que pode ser usado para a sua defesa.

Fonte: BELTON, W. Aves Silvestres do Rio Grande do Sul, 3 ed. Porto Alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1993. 172 p., 105 il.

SÉRIE IMORTAIS - Cartola - músicas (parte II)

ALVORADA
Composição: Cartola / Carlos Cachaça / Hermínio Bello de Carvalho

Alvorada lá no morro, que beleza

Ninguém chora, não há tristeza

Ninguém sente dissabor

O sol colorindo é tão lindo, é tão lindo

E a natureza sorrindo, tingindo, tingindo

( a alvorada )

Você também me lembra a alvorada

Quando chega iluminando

Meus caminhos tão sem vida

E o que me resta é bem pouco

Ou quase nada, do que ir assim, vagando

Nesta estrada perdida.


Imagens do vídeo:

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

SÉRIE AVES SILVESTRES DO RS - parte VII

PARDAIS
Família Ploceidae

Esta é uma grande família nativa do Velho Mundo. Um de seus membros foi introduzido no Brasil pelo homem.


Pardal (Passer domésticus)
15 cm
O pardal é um pássaro brasileiro naturalizado. É uma espécie nativa da Europa e do nrte da África que tem sido introduzido, pelo homem, em todos os continentes, eceto na Antártica. De todas as aves silvestres é a que, sem domesticação, melhor tem-se adapado ao ambiente urbano do homem. No Rio Grande do Sul pode se encontrado em quase todas as cidades e, devido á sua tendência natural de comer sementes, também nas áreas rurais onde há abundância e arroz ou trigo, derramado no chão de moinhos ou caminhões.
O pardal pode ser confundido com o tico-tico (Zonotrichia capensis), devido ao tamanho, porte e plumagem mais ou menos parecidos. O pardal macho tem plumagem de coloração branca no lado da garganta, ferrugem imediatamente atrás do olho e um "babador" de cor preta uniforme que o tico-tico não possui. A Fêmea do pardal é um pássaro e cor marrom cinzento monótono, sem traços distintivos na plumagem.
Os pardais são ativos e agressivos e, às vezes, encontrados em bandos numerosos. São acusados de expulsarem outros pássaros de seus habitats. Alguns peritos discordam desta crença, mas parece evidente que os pardais, ao menos, são sérios competidores de algumas outras espécies pelos recursos alimentares e locais de nidificação.


Imagem:
Fonte: BELTON, W. Aves Silvestres do Rio Grande do Sul, 3 ed. Porto Alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1993. 172 p., 105 il.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

SÉRIE IMORTAIS - Cartola - músicas (parte I)

O Mundo é Um Moinho
Composição: Cartola


Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões à pó
Preste atenção querida
Em cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés



Imagens:
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

SÉRIE IMORTAIS - Cartola - dicas

Pra quem realmente curte o trabalho deste imortal, seguem algumas dicas de material sobre ele. Os links abaixo fazem parte do blog Música & Poesia, e nele vocês encontrarão materiais riquíssimos sobre a vida e obra de Cartola.


Links:

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/10/vdeos-do-cartola.html - Vídeos do Cartola

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/10/cartola-100-anos.html - Cartola - 100 anos

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/10/crnica-cartola-100.html - Crônica Cartola é 100

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2008/08/deixe-me-ir-preciso-andar.html - Preciso me encontrar - Cartola

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2007/04/cartola-canta-em-dois-vdeos.html - Cartola canta em dois vídeos

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2007/04/estria-hoje-cartola.html - Tempos idos, nunca esquecidos, por Ana Paula Sousa

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2007/04/cartola-verso-surf-music.html - Cartola versão surf-music

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2007/04/cartola-ganha-documentrio.html - Documentário sobre Cartola

http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2007/02/carnaval-de-poesias.html - Sala de Recepção - Cartola

SÉRIE IMORTAIS - Cartola - biografia

Nas próximas edições, dando continuidade à Série Imortais, falarei do maior sambista da história: Cartola

CARTOLA - Angenor de Oliveira - Compositor, cantor, instrumentista. Rio de Janeiro RJ 11/10/1908 - 30/11/1980.


Cartola nasceu no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. Tinha oito anos quando sua família se mudou para Laranjeiras e 11 quando passou a viver no morro da Mangueira, de onde não mais se afastaria. Desde menino participou das festas de rua, tocando cavaquinho – que aprendera com o pai – no rancho Arrepiados (de Laranjeiras) e nos desfiles do Dia de Reis, em que suas irmãs saíam em grupos de “pastorinhas”. Passando por diversas escolas, conseguiu terminar o curso primário, mas aos 15 anos, depois da morte da mãe, deixou a família e a escola, iniciando sua vida de boêmio.
Após trabalhar em várias tipografias, empregou-se como pedreiro, e dessa época veio seu apelido, pois usava sempre um chapéu para impedir que o cimento lhe sujasse a cabeça, o qual chamava de cartola. Em 1925, com seu amigo Carlos Cachaça, que seria seu mais constante parceiro, foi um dos fundadores do Bloco dos Arengueiros. Da ampliação e fusão desse bloco com outros existentes no morro, surgiu, em 1928, a segunda escola de samba carioca. Fundada a 28 de abril de 1928, o G.R.E.S Estação Primeira de Mangueira teve seu nome e as cores verde e rosa escolhidos por ele. Foram também fundadores, entre outros, Saturnino Gonçalves, Marcelino José Claudino, Francisco Ribeiro e Pedro Caymmi. Para o primeiro desfile foi escolhido o samba Chega de Demanda, o primeiro que fez, composto em 1928 e só gravado pelo compositor em 1974, no LP História das escolas de samba: Mangueira, pela Marcus Pereira. Em 1931, Cartola tornou-se conhecido fora da Mangueira, quando Mário Reis, que subira o morro para comprar uma música, comprou dele os direitos de gravação do samba Que infeliz sorte, que acabou sendo lançado por Francisco Alves, pois não se adaptava à voz de Mário Reis. Vendeu outros sambas a Francisco Alves, cedendo apenas os direitos sobre a vendagem de discos e conservando a autoria: assim foi com Não faz, amor (com Noel Rosa), Qual foi o mal que eu te fiz? e Divina Dama, todos gravados pela Odeon, os dois primeiros em 1932 e o último em janeiro de 1933. Ainda em 1932, o samba Tenho um novo amor foi gravado por Carmem Miranda. Do mesmo ano é a gravação do samba Na floresta, em parceria com Sílvio Caldas, lançado por este último, e a primeira composição em parceria com Carlos Cachaça, o samba Pudesse meu ideal, com o qual a Mangueira foi campeã do desfile promovido pelo jornal “O Mundo Esportivo”.Em 1936, a Mangueira teve premiado no desfile seu samba Não quero mais (com Carlos Cachaça e Zé da Zilda), gravado por Araci de Almeida, na Victor, em 1937, e em 1973 por Paulinho da Viola, na Odeon, com o título mudado para Não quero mais amar a ninguém. Em 1940, participou, ao lado de Donga, Pixinguinha, João da Baiana e outros, de gravações de música popular brasileira para o maestro Leopoldo Stokowski (1882 – 1976), que visitava o Brasil. Realizadas a bordo do navio Uruguai, ancorado no pier da Praça Mauá, essas gravações deram origem a dois álbuns de quatro discos de 78 rpm, lançados nos EUA pela gravadora Columbia. No rádio, atuou como cantor, apresentando músicas suas e de outros compositores. Na Rádio Cruzeiro do Sul, ainda em 1940, criou, com Paulo da Portela, o programa A Voz do Morro, no qual apresentavam sambas inéditos, cujos títulos deviam ser dados pelos ouvintes, sendo premiado o nome escolhido.
Em 1941, formou com Paulo da Portela e Heitor dos Prazeres o Conjunto Carioca, que durante um mês realizou apresentações em São Paulo, em um programa da Rádio Cosmos. A partir dessa época, o sambista desapareceu do ambiente musical. Muitos pensavam até que tivesse morrido. Chegou-se a compor sambas em sua homenagem. Em 1948, a Mangueira sagrou-se campeã com seu samba-enredo Vale do São Francisco (com Carlos Cachaça).
Cartola só foi redescoberto em 1956, quando o cronista Sérgio Porto o encontrou lavando carros em uma garagem de Ipanema e trabalhando à noite como vigia de edifícios. Sérgio levou-o para cantar na Rádio Mayrinck Veiga e, logo depois, Jota Efegê arranjou-lhe um emprego no jornal “Diário Carioca”.
A partir de 1961, já vivendo com Eusébia Silva do Nascimento, a Zica, com quem se casou mais tarde, sua casa tornou-se ponto de encontro de sambistas. Em 1964, resolveu abrir um restaurante, o Zicartola, na Rua da Carioca, que oferecia, além da boa cozinha administrada por Zica, a presença constante de alguns dos melhores representantes do samba de morro. Freqüentado também por jovens compositores da geração pós bossa-nova (alertados para a sua existência desde o show “Opinião”, no qual Nara Leão incluíra o samba O sol nascerá, de Cartola e Elton Medeiros, que mais tarde gravaria), o Zicartola tornou-se moda na época. Durou pouco essa confraternização morro-cidade: o restaurante fechou as portas, reabrindo em 1974 no bairro paulistano de Vila Formosa.
Contínuo do Ministério da Indústria e Comércio, vivendo na casa verde e rosa que construiu no morro da Mangueira, em terreno doado pelo então Estado da Guanabara, somente em 1974, alguns meses antes de completar 66 anos, o compositor gravou seu primeiro LP, Cartola, na etiqueta Marcus Pereira. O disco recebeu vários prêmios. Logo depois, em 1976, veio o segundo LP, também intitulado Cartola, que continha uma de suas mais famosas criações, As rosas não falam, e o seu primeiro show individual, no Teatro da Galeria, no bairro do Catete, acompanhado pelo Conjunto Galo Preto. O show foi um sucesso de público e se estendeu por 4 meses.
Em julho de 1977, a Rede Globo apresentou com enorme sucesso o programa “Brasil Especial” número 19, dedicado exclusivamente a Cartola. Em setembro do mesmo ano, Cartola participou, acompanhado por João Nogueira, do Projeto Pixinguinha, no Rio. O sucesso do espetáculo levou-os a excursionar por São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Ainda em 1977, em outubro, lançou seu terceiro disco-solo: Cartola – Verde que te quero rosa (RCA Victor), com igual sucesso de crítica.
Em 1978, quase aos 70 anos, mudou-se para o bairro de Jacarepaguá, buscando um pouco mais de tranqüilidade, na tentativa de continuar compondo. Neste mesmo ano estreou seu segundo show individual: Acontece, outro sucesso. Em 1979, lançou seu quarto LP: Cartola – 70 anos. Nesta época, descobriu que estava com câncer, doença que causaria sua morte, em 30 de novembro de 1980.
Em 1983, foi lançado, pela Funarte, o livro Cartola, os tempos idos, de Marília T. Barboza da Silva e Arthur Oliveira Filho. Em 1984, a Funarte lançou o LP Cartola, entre amigos. Em 1997, a Editora Globo lançou o CD e o fascículo Cartola, na coleção “MPB Compositores” (n°12).
Fonte: Enciclopédia da Música Popular Brasileira, editada pelo Itaú Cultural.
Fonte:
http://www.cartola.org.br/cartola.html
Imagem:
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/artes/cartola/

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Ilustração Científica - UFMG

UFMG lançou 4 cadernos especializados em Ilustração Científica
A iniciativa é do Programa de extensão em ilustração científica que responde pela edição da coleção.
Os títulos já editados são: ABCDesenho, Ilustração Botânica, Aquarela, da artista Dilce Laranjeira e ilustração Paleontológica.
Segundo a coordenadora e autora de 2 dos cadernos, Rosa Maria Alves Pereira a ilustração visa dar à Ciência a visibilidade necessária além de funcionar como forte aliada didática, uma vez que o desenho tem um caráter documental para o passado (um animal extinto, por exemplo) e também uma função projetual visando atividades futuras, como mostra, por exemplo os passos de uma cirurgia a se realizar.
A autoria do caderno de Ilustração Paleontológica, último que foi editado pelo programa - é do português Fernando Jorge Correia. Ilustrador científico, ele é licenciado em Biologia e mestre em Ecologia Terrestre.O Programa de Extensão Ilustração Científica da UFMG é pioneiro na criação de cursos para formação de ilustradores e na publicação de cadernos que tratam do tema. Iniciado em 2005, formou, desde então, cerca de 200 ilustradores. Informações sobre como adquirir as publicações podem ser obtidas pelo telefone (31)3409-4065 ou pelo e-mail rosalvesp@gmail.com O valor de cada caderno é R$ 12,00.






































Texto e imagens fornecidos por Rosa Maria Alves Pereira -Coord. Programa de Ilustração Científica da UFMG

DICA DE FILME (tigre-dentes-de-sabre)

A divulgação de filmes não é o foco do Cultura e Ciência do Brasil, porém, para complementar a postagem onde falei sobre o lendário tigre-dentes-de-sabre, segue uma dica para o final de semana: o filme 10.000 A. C., do mesmo diretor de Independence Day e O Dia Depois de Amanhã, que segundo Carrie Keagan "é uma dose de adrenalina do começo ao fim".
O filme é uma aventura ambientada em uma época onde os mamutes sacudiam a superfície e espíritos místicos moldavam o destino dos humanos. É um espetáculo de efeitos especiais que enche os olhos dos espectadores, que conta a história do primeiro herói da humanidade, que embarca em uma grande jornada para salvar a mulher amada, que fora sequestrada e condenada a um profético destino. Lutando contra um tigre-dentes-de-sabre e outros predadores pré-históricos, ele cruzará regiões desoladas e totalmente desconhecidas, formará um exército e descobrirá uma civilização perdida bem à frente de sua época. Lá, ele liderará uma batalha pela libertação de sua amada - e se tornará herói em um período lendário.

Cena do filme

Imagem
http://www.inatel.pt/cultura/cinema/festa08/filmes08/1%20Agosto.jpg
Texto extraído da capa do DVD.

SÉRIE AVES SILVESTRES DO RS - parte VI

A última postagem da série Aves Silvestres do Rio Grande do Sul foi da família Falconidae (falcões), família com aspecto e hábitos muito semelhantes aos de águias e gaviões. Por este motivo, resolvi falar da família Accipitridae (gaviões e águias), dando continuidade à postagem anterior.

GAVIÕES E ÁGUIAS
Família Accipitridae

Existem 28 espécies desta familia no Rio Grande do Sul. Muitas delas são raras e algumas das maiores e mais bonitas provavelmente estão extintas no Estado, por causa do desaparecimento de grandes extensões de florestas, das quais elas encessitam para sua sobrevivência.
Gaviões e águias são carnívoros e são encontrados em quase todas as partes do mundo. As espécies do RS dependem da caça de pequenos mamíferos, aves, serpentes e insetos. Ha uma eceçã, o caramujeiro, Rosthhamus sociabilis, que come somente determinado tipo de caramujo dos banhados. No mundo existem mais de 200 espécies desta família, sendo que dentre as 28 do Rio Grande do Sul estão o menor e maior representantes da família: gaviãozinho e o imenso gavião-real, Harpia harpyja, candidato a maior representante da família e existente no RS em épocas passadas.


Gaviãozinho
Accipiter striatus - 28,5 cm

É pequeno, porém feroz. Vive em floresas e outras áreas com árvores, onde se precipita através da folhagem e galhos com grande destreza em perseguição a passarinhos, seu principal alimento. Alguns destes pássaros que servem de alimento são tão grandes quanto o próprio gaviãozinho. O macho é bem menor do que a fêmea. Suas dimensões são um pouco maiores do que as de um sabiá-do-campo.
A plumagem dorsal é marrom escura, a ventral é branca, barrada de marrom. Apesar de escondidas pelas penas da barriga, as da coxa são de cor ferrugínea viva.
Esta espécie ocorre em quase todo continente americano, e no RS vive nas zonas onde existem matas, mesmo de pouca extensão, mas não é fácil de ser encontrado. Na América do Norte é altamente migratório. sua presença no estado tem sido registada sempre na primavera e no verão e não há informações suficientes para determinar se ele é ou não migratório em nosso meio.

Gavião-carijó
Buteo magnirostris - 38 cm

O gavião-carijó é, sem dúvida, o gavião mais comum do RS, sendo encontrado em muitas regiões em qualquer estação do ano. Geralmente fica sentado em lugares visíveis, tais como postes elétricos ou árvores secas. Seu nome em inglês, "Roadside Hawk" (gavião-da-beira-da-estrada) indica bem quão frequente ele é visto pelos viajantes, no interior. É de tamanho médio, a cabeça, face e garganta são marrons, possui listras verticais no peito, constrastando com as barras horizontais cor de canela nos flancos e ventre e manchas ferrugíneas nas asas, visíveis quando em vôo. O gavião-carijó come principalmente insetos e lagartos, mas também aves e pequenos roedores.

Imagens:
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http://farm4.static.flickr.com/3192/2626823068_0a70e88564.jpg
Fonte: BELTON, W. Aves Silvestres do Rio Grande do Sul, 3 ed. Porto Alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1993. 172 p., 105 il.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

SÉRIE IMORTAIS - Vinícius de Moraes - músicas - parte V (final)

Boa noite!!!
Com certeza eu teria muito mais material da obra de Vinícius de Moraes para publicar, mas quero dar espaço às obras de outros imortais também. De vez em quando voltarei a publicar material do Vinícius de Moraes, até por que o trabalho dele está muito relacionado ao trabalho de outros gigantes da poesia e música.
Não podia encerrar as postagens desse imortal sem publicar uma das mais, se não a mais clássica de suas músicas, cuja composição foi feita em parceria com Tom Jobim: Garota de Ipanema. Segue letra da música e a versão interpretada por Los Hermanos.

Garota de Ipanema

Composição: Tom Jobim e Vinícius de Moraes


Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça
É ela a menina que vem e que passa
Num doce balanço, caminho do mar

Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, por que estou tão sozinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo por causa do amor

Imagens:

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

SÉRIE IMORTAIS - Vinícius de Moraes - músicas (parte IV)

Chega de Saudade
Composição: Tom Jobim, Vinícius de Moraes


Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai
Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim

Aprecie a versão de Nara Leão e Elis Regina:



Imagens:
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