domingo, 29 de março de 2009

Zeca Baleiro - Biografia

BIOGRAFIA

Cantor prega o lirismo com tom afirmativo.
A lembrança de Zeca Baleiro vem de uma circunstância peculiar. Não vem de um show, de uma gravação em disco, da TV ou do rádio. Foi em um estúdio no Alto da Lapa, durante a gravação da trilha sonora de um curta-metragem chamado Não Me Deixe Dormir Demais, de Joel Yamaji e grupo de estudantes de cinema da Oswald de Andrade. Era 1999 e Zeca chegou no estúdio somente com violão, um guitarrista e nenhuma idéia do que se tratava o filme, ainda mudo no negativo e transposto para uma fita de vídeo caseira.
Aos poucos, o maranhense foi criando com o violão temas cíclicos, simples e pontuados por uma guitarra pesada. Não faltaram instrumentos típicos como triângulo, bumbo e chocalho em cerca de cinco horas de gravação. Assim parece ser o método de criação de Zeca, partindo do aleatório até formar a melodia regional de seu tom musical - sempre com um peso lírico. Por falar nisso, Líricas é o nome do mais recente disco do compositor, que nasceu para a MPB em 1997 ao dividir o cenário de um Acústico com a cantora Gal Costa.
Por Onde Andará Stephen Fry?, nome do primeiro disco e referência a um comediante inglês, começou a reforçar a imagem sempre bem-humorada e musicalmente peculiar de Zeca nesta mesma época. Além da balada tema, o ouvinte podia apreciar um rock vervístico, Heavy Metal do Senhor, e a música homenagem a Gal, Flor da Pele, que trazia sampler e referência a Vapor Barato, de 1971.

O "tal" apelido

Para os que não se cansam de saber, o tal apelido "Baleiro" surgiu do fato do músico, na Universidade, ser o "atravessador" profissional de balas. Sempre andava com algumas e redundantemente acabou abrindo uma loja de balas, tortas e doces caseiros. Zeca pode não ter gostado do apelido no começo, mas depois tudo fez sentido na Fazdocinhá, nome do local.
O ariano está com 35 anos e em seu terceiro disco. O segundo foi Vô Imbolá, de 1999. O disco atrasou um pouco em sua produção, mas chegou cheio de melodias e passos rítmicos regionais com a modernidade eletrônica de nossos tempos. Entre as músicas, Samba do Approach, Bienal e Boi de Haxixe. Foi neste ano que o compositor ganhou o prêmio de Melhor Cantor da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e Prêmio Sharp (na verdade no ano anterior) na categoria Pop Rock.
É então que Baleiro se cansa do pop e resolve arejar seu discurso, como o próprio diz, com uma temática mais homogênea, em que as letras falem alto na canção. O disco, o terceiro, Líricas, veio em 2000 com 12 faixas e duas vinhetas. O passeio é por vários gêneros e tem a cor do acústico em seus arranjos, baseados em violões e piano.

Dor e melancolia

Nesta etapa é bom não confundir Zeca com um fúnebre cancioneiro: "Não sou um cético. Tenho esperanças. Minha poesia embrulha a dor e a melancolia com uma carga de lirismo que afirma isso. As canções de amor, por exemplo, são todas afirmativas", diz em seu site. A brincadeira de destaque no disco é uma nova versão para Proibida Pra Mim, de Charlie Brown Jr. Outras que estão no disco: Balada para Giorgio Armani, Brigitte Bardot, Ê Boi e Blues do Elevador.
Em 2000, Zeca Baleiro foi indicado para o Grammy Latino de Melhor Álbum Pop. Se somarmos sua estrada, passou por mais de 80 cidades (entre elas as internacionais Cannes, Montreux, Porto e Cartagena), fez mais de 200 shows, produziu cantoras (Ceumar e Patrícia Amaral), participou do projeto teatral Mãe Gentil do coreógrafo Ivaldo Bertazzo, esbanjou criatividade em clipes como Proibida Pra Mim, Lenha e Heavy Metal do Senhor, e trilhas para curtas como o próprio Não Me Deixe Dormir Demais e Impressões Para Clara, ambos de Joel Yamaji.
Agora Zeca está na estrada, renovando suas impressões afirmativas da vida e tocando para os fãs.


Fontes:
http://www.terra.com.br/chatshow/zeca_baleiro/bio_zeca.htm
http://www2.uol.com.br/chicocesar/ingles/chicocesar/imagens/zeca-baleiro_02-13.jpg

Um comentário:

sááh disse...

muiiito loko ameii meu trabalho ficou otimo